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Como organizar o primeiro intercâmbio?

Quem me acompanha no Instagram sabe que amo viajar. Esse sentimento começou em 2018, quando fiz meu primeiro intercâmbio, no intuito de estudar espanhol. Com certeza, foi a decisão mais acertada que tive, e a experiência mudou completamente a minha vida e visão de mundo. Hoje, vou fornecer dicas que fizeram a diferença na organização da minha viagem na época e que talvez possam te ajudar.


Como organizar o primeiro intercâmbio

Pré-Intercâmbio


1. Escolhendo o país/idioma

Antes de tudo é necessário escolher qual o idioma você quer aprender e estudá-lo bastante antes de viajar. A partir do idioma, você poderá escolher o país para onde quer ir sem tantas dúvidas ou medos.


2. Decidindo o que quer fazer e a duração da viagem

Quanto tempo você quer passar fora do Brasil? Muitas pessoas vão dizer que o ideal é passar no mínimo 6 meses. Eu discordo. Acho que o ideal é você refletir suas condições financeiras, pessoais e emocionais e, a partir delas, decidir. O tempo mínimo ofertado pela maioria das agências de intercâmbio é de uma semana e existem programas ótimos de intercâmbio que duram esse período e o aproveitam incrivelmente bem.


Se você se esforçar antes e durante a viagem vai perceber como sua evolução será grande independentemente se vai passar semanas ou anos. Mas cuidado! Se você terá pouco tempo de viagem é interessante realizar uma pesquisa profunda sobre o país e já chegar disposto a imergir culturalmente. Lembre-se: você não tem tempo a perder, então nada de querer passar dias pensando "no Brasil é melhor".


Decido o tempo, chegou a hora de pensar no que você quer fazer durante o intercâmbio. Estudar, ser voluntário, trabalhar... Pense bem, veja as possibilidades e decida. A experiência tem que ser boa e divertida, por isso esteja disposto a fazer coisas diferentes. Experimentar fazer um programa de voluntariado, por exemplo, é uma forma muito bacana de imersão cultural. Não encare isso apenas como "trabalho não remunerado", encare como "oportunidade de treinar o idioma, de fazer amigos, networking, conhecer a cultura mais afundo..."


3. Contratando a empresa

Se você está pensando em morar fora do Brasil para estudar, fazer voluntariado ou até mesmo trabalhar por conta própria, recomendo buscar uma empresa de intercâmbio séria para te ajudar com os preparativos. É um passo opcional, claro. Você pode querer fazer tudo sozinho, mas lembre-se que não é só "querer e viajar", existe uma série de burocracias a serem levadas em consideração.


Você vai precisar pensar nos seus documentos, na moeda local, na sua estadia (qual o endereço e tipo de residência, por exemplo), onde vai estudar/trabalhar/fazer voluntariado, comunicação com a sua família no Brasil... São vários detalhes que uma empresa séria e segura poderá te orientar e até mesmo pensar para você na sua primeira viagem.


Para mim, contratar uma empresa valeu muito a pena, principalmente na primeira viagem internacional, já que eu não tinha amigos/familiares fora do país na época. Se você não se sentir seguro de fazer tudo sozinho, vale a pena contratar os serviços de uma empresa especializada em intercâmbio. Evite agências de viagem, pois são extremamente caras e não dão suporte para documentação.


4. Documentação/Vacinas

Visto, passaporte, certificado de vacinação internacional, questionário para entrada no país, procuração, autorização (para os menores de idade)... Esses são só alguns dos documentos que você precisará. Sem os documentos certos VOCÊ NÃO VIAJA, por isso dê total atenção a essa parte. Pesquise o que é necessário para a entrar no país que você deseja ir, também esteja atento às fronteiras. Depois do coronavírus toda atenção é fundamental.


Também não esqueça de atualizar seu cartão de vacinas e de tomar TODAS as vacinas exigidas pelo país que você pretende ir. Vale ressaltar que você não quer ficar doente fora do Brasil, então previna-se e dê atenção a essa parte.


5. Seguro

Queridos, viajar sem seguro-saúde não rola, ok? Lembre-se: você não tem plano de saúde fora do Brasil e muitos países não têm hospital público. Se você tiver uma dor de garganta, uma gripe ou até mesmo uma crise e precisar ser internada as pressas, o seguro cobrirá as despesas. Segurança não é gasto, é investimento.


6. Passagens

Tudo pronto? Ótimo! Escolha a data e compre as passagens. Lembre-se de levar em consideração não só o preço, mas os horários dos vôos. Se você vai viajar sozinho, como eu fiz, e não conhece ninguém, opte por chegar no seu destino durante o dia. Isso facilita o trajeto de táxi/transfer até o seu endereço local. E lembre-se: segurança nunca é demais. Você é um total turista, sem noção de nada num país que ainda não conhece bem. Opte por praticidade. Se você contratou uma empresa, vale a pena solicitar o serviço de transfer para ter mais segurança e comodidade. Caso opte por usar táxi, dê uma pesquisada antes de viajar sobre os APPs disponibilizados pela prefeitura da cidade que você vai, se existe algum para o uso de transporte público ou táxi e troque um pouco de dinheiro antes de viajar.



Durante o intercâmbio

Minha principal dica é: tente falar o mínimo de português possível. Para isso, evite contato demasiado com brasileiros. No começo é difícil, mas faça um esforço. Lembre-se que você saiu do Brasil para vivenciar uma nova experiência. Aproveite ao máximo seu período de intercâmbio! Não importa se serão 7 dias ou 2 anos. Viva a experiência!


1. Conheça lugares históricos como museus, centros culturais e galerias, isso te obrigará a ler e a ouvir no idioma do país;

2. Faça amizades com nativos e não tenha medo de falar, mesmo errando, porque a prática é o que leva a fluência;

3. Aproveite as oportunidades. Sua escola está fazendo uma viagem para conhecer algum lugar novo? Opa! Inscreva-se;

4. Não tenha vergonha dos micos. Acredite em mim: serão muitos;

5. Segurança é tudo. Evite situações de risco como, por exemplo, passar a semana na casa do boy nativo que você acabou de beijar. Sua família não está aí para lhe proteger e você, talvez, não tenha a quem recorrer caso algo dê errado, lembre-se disso.


Posso parecer exagerada, mas realmente segurança é tudo. Quando eu estava em Buenos Aires, por exemplo, uma brasileira que conheci lá teve crise de apendicite e precisou ser operada as pressas. Pense: ela estava sozinha, em outro país e precisou ser cirurgiada. Cirurgia é coisa séria (e cara). O pior: ela não tinha seguro-saúde. Imaginou o sufoco? Pois é! Você não quer ter uma gripe fora do Brasil, mas ela e coisas piores podem acontecer, por isso esteja pronto e prevenido. Segurança nunca é demais!


6. Tire fotos;

7. Estude. Principalmente se você foi para isso. Fora do Brasil você terá mais ânimo para estudar o idioma, aproveite ao máximo;

8. Comunique-se com sua família no Brasil. Nada de esquecer a mãe aqui, hein kkk;

9. Dê atenção a coisas simples como, por exemplo, a voltagem das tomadas. Já imaginou se seu celular novinho queima só porque você não viu se a voltagem era a mesma que a do Brasil? Detalhes são tudo;

10. Tire o tempo de intercâmbio para você e seu crescimento pessoal e profissional;

11. Aprenda em todos os lugares: no supermercado, no zoológico, na feira, na fila do metrô...;

12. Você estará sozinho, então pare de bancar o filhinho da mamãe, ok? Vai lavar sua roupa, fazer sua comida, limpar a casa, fazer compras, administrar o dinheiro... Está na hora de crescer, colega;

13. Pare de frescura na hora de comer. Nem todo mundo come feijão com arroz, viu! Em muitos países, por exemplo, não vende feijão. Vai fazer o quê? Morrer? Não! Vai parar de frescura e experimentar a culinária local, isso faz parte da cultura;

14. Por falar em cultura, nada de desmerecer a cultura local, ok? Será diferente do Brasil, mas a graça é justamente essa.



Pós-Intercâmbio

Minha dica é manter contato com os amigos e não parar de estudar a língua aprendida, para evitar que você a esqueça. Para isso, além de estudar, você poder ler livros, assistir filmes, séries, vídeos no YouTube, ouvir músicas, conferir sites, ouvir rádios e entre outras coisas no idioma. O importante é não esquecer o que aprendeu.


Já que citei minha amiga em Buenos Aires, enquanto eu estava lá aproveitei para conhecer o Uruguai, você também pode fazer isso e conhecer mais de um país em uma única viagem. É super legal e o preço é bem mais em conta.


Espero que as dicas tenham ajudado. Beijos,


Bel

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Bel Lyé.

Pernambucana, 30 anos, filha da água, apaixonada por Arte.

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